O nome vêm, na realidade, da espécie do mosquito, Aedes aegypti. O mosquito é responsável pela transmissão de várias doenças além da dengue, como a febre amarela, chikungunya e zika vírus.
Em média, cada mosquito vive em torno de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos. Se forem postos por uma fêmea contaminada pelo vírus da dengue, ao completarem seu ciclo evolutivo, transmitirão a doença.
Curiosidades sobre fêmea e o macho
O macho alimenta-se exclusivamente de frutas.
A fêmea, em contrapartida, prefere o sangue humano como fonte de proteína ao de qualquer outro animal vertebrado.
Os mosquitos fêmeas necessitam do sangue para o amadurecimento dos ovos que são depositados nas paredes internas dos objetos, que estão próximos a superfícies de água limpa, local que lhes oferece as melhores condições de sobrevivência.
No momento da postura, os ovos são brancos, mas logo se tornam negros e brilhantes.
A fêmea costuma ficar mais ativa ao amanhecer e ao entardecer. Sua saliva possui uma substância anestésica, que torna quase indolor a picada.
Tanto a fêmea quanto os machos abrigam-se em grande maioria dentro de casas e em terrenos ao seu redor.
Qual a origem do Aedes aegypti
O Aedes aegypti é um mosquito proveniente da África, mais precisamente do Egito (daí a escolha do nome “aegypti”). Encontrado atualmente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, sendo o vetor de várias doenças foi introduzido nas Américas durante as primeiras colonizações europeias, por embarcações que traziam escravos vindos da África.
Locais onde ocorre a proliferação do mosquito
Devido à seus hábitos diurnos, o Aedes aegypti está bastante adaptado ao ambiente urbano. A alta temperatura e umidade favorecem seu desenvolvimento, portanto, a proliferação do mosquito é grande em nosso país, principalmente no verão, quando as chuvas e as temperaturas aumentam.
A característica mais marcante é a coloração preta com listras e manchas brancas espalhadas pelo corpo do mosquito. Suas asas são translúcidas e o ruído que eles produzem é praticamente inaudível ao ser humano.
O padrão de coloração confere certa camuflagem ao mosquito, que, normalmente, realiza seus voos em locais com pouca luz e perto do solo. Por essa razão, é comum encontrar o A. aegypti em cantos escuros no interior das casas, como sob a cama e embaixo de pias.
A importância de não deixar a água parada
As fêmeas do Aedes aegypti depositam seus ovos em ambientes fora d’água, mas perto dela. Sendo assim, se existe um recipiente acumulando água, o mosquito irá depositar seus ovos na parede de tais recipientes.
Quando o líquido atinge esses ovos – por exemplo, quando chove – a eclosão ocorre e o processo de desenvolvimento do mosquito se inicia.
O mosquito em condições ambientais favoráveis, demora em média dez dias para atingir a fase adulta após a eclosão do ovo. Em um período que varia entre sete e nove dias, a larva passa por quatro fases até dar origem a um novo mosquito. Sendo o assim, as fases de vida do mosquito são:
- Ovo;
- Larva;
- Pupa;
- Adubo.
O Aedes aegypti põe seus ovos em recipientes como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água. O mosquito pode procurar ainda criadouros em ambientes naturais como bromélias, bambus e buracos em árvores.
Estudos demonstram que, uma vez infectada – e isso pode ocorrer numa única inseminação –, a fêmea transmitirá o vírus por toda a vida, havendo a possibilidade de, pelo menos, parte de suas descendentes já nascerem portando o vírus.
A picada do mosquito
A fêmea do Aedes aegypti é a única capaz de transmitir a dengue ao ser humano. Durante o ciclo reprodutivo, a fêmea necessita de sangue para o desenvolvimento dos seus ovos, e é nesse momento que ela transmite suas doenças.
Vale destacar, no entanto, que a fêmea alimenta-se também de substâncias açucaradas, como o néctar, que é o único alimento consumido pelos machos.
Como combater o mosquito
Como o mosquito necessita de água para o desenvolvimento, é fundamental eliminar qualquer reservatório de água parada que possa servir de criadouro para os mosquitos. Essa medida é fundamental para que os casos de dengue, por exemplo, diminuam em nosso país.
Além da destruição de criadouros, outras medidas podem e devem ser realizadas na batalha contra o Aedes aegypti, como é o caso do controle químico (feito através de inseticidas) e biológico (introduzindo espécies que matam ou dificultam o desenvolvimento do mosquito no meio ambiente).
Neste último método de controle, destaca-se o uso recente de uma linhagem de mosquitos machos modificados, que são soltos na natureza para reproduzir-se e transmitir um gene mortal que impede a chegada do inseto à fase adulta.