Carbamazepina: combatendo a epilepsia

A carbamazepina é um dos principais medicamentos utilizados no tratamento da epilepsia e dores neuropáticas. Pertence ao grupo de medicamentos antiepilépticos (medicamentos para crises convulsivas).

É indicada para o tratamento de crises convulsivas, doenças neurológicas, como: neuralgia do trigêmeo, e para o tratamento do humor bipolar e da depressão, tanto em adultos como em crianças.

O que é

É usada para no tratamento de determinados tipos de crises convulsivas (epilepsias). E também usada no tratamento de algumas doenças neurológicas (como por exemplo, uma condição dolorosa da face chamada neuralgia do trigêmeo), tão bem quanto em determinadas condições psiquiátricas (tais como as conhecidas como episódios de mania de distúrbios do humor bipolar e um certo tipo de depressão). Não deve ser usada em dores comuns.

A epilepsia é um distúrbio caracterizado por duas ou mais crises convulsivas (ataques epilépticos). Estas crises ocorrem quando mensagens que partem do cérebro para os músculos não são propriamente transmitidas pelo sistema nervoso do organismo. Tegretol CR auxilia no controle destas transmissões de mensagens, regula as funções do sistema nervoso e também controla as outras doenças mencionadas acima.

Quais os nomes comerciais da carbamazepina?

Este medicamento pode ser encontrado sob a forma genérica ou através dos nomes comerciais a seguir:

·         Carmazin;

·         Tegretard;

·         Tegretol;

·         Tegretol Cr;

·         Tegrezin;

·         Tegrex;

·         Uni Carbamaz.

Formas de tomar

A posologia a seguir é apenas um exemplo. É necessário ingerir o medicamento apenas com a recomendação e a prescrição médica adequada!

Os comprimidos podem ser engolidos inteiros ou partidos ao meio, e devem ser tomados juntamente com um copo de água.

Tratamento da Epilepsia

Adultos

Inicialmente a dose recomendada varia de 100 a 200 mg, equivalente a meio ou 1 comprimido de 200 mg, administrada 2 a 3 vezes por dia.

Ao longo do tratamento a dose pode ser gradualmente aumentada até aos 800 a 1200 mg, 2 ou 3 comprimidos de 400 mg ou 4 a 6 comprimidos de 200 mg, 2 a 3 vezes por dia.

Crianças

Inicialmente a dose recomendada varia de 100 a 200 mg, equivalente a meio ou 1 comprimido de 200 mg, por dia.

Ao longo do tratamento a dose pode gradualmente ser aumentada até aos 400 a 600 mg, 1 comprimido a 1 comprimido e meio de 400 mg ou 2 a 3 comprimidos de 200 mg, por dia.

Adolescentes 

Inicial a dose recomendada varia de 100 a 200 mg, podendo esta ser gradualmente aumentada até aos 600 a 1000 mg, equivalente a 1 comprimido e meio a 2 comprimidos e meio de 400 mg ou 3 a 5 comprimidos de 200 mg, por dia.

Tratamento da Neuralgia Trigeminal

A dose inicial recomendada varia de 200 a 400 mg, equivalente meio comprimido a 1 comprimido de 400 mg ou 1 a 2 comprimidos de 200 mg, por dia. Caso seja necessário, esta dose pode ser gradualmente aumentada até aos 1200 mg por dia.

Tratamento da Mania Aguda e Distúrbios Afetivos Bipolares

Geralmente, a dose recomendada varia de 400 a 600 mg, equivalente a meio comprimido a 1 comprimido de 400 mg ou 1 a 2 comprimidos de 200 mg, por dia. Caso seja necessário, esta dose pode ser gradualmente aumentada até aos 1600 mg por dia.

Efeitos colaterais

A carbamazepina pode causar alguns efeitos colaterais, entre os mais comuns estão:

·         Dificuldades de coordenação dos movimentos;

·         Inflamação e vermelhidão na pele;

·         Inchaço no tornozelo, nos pés ou na perna;

·         Alterações de comportamento;

·         Confusão;

·         Fraqueza extrema;

·         Aumento do número de convulsões;

·         Tremores;

·         Movimentos incontroláveis do corpo;

·         Espasmos nos músculos;

·         Vômito;

·         Náusea;

·         Tontura;

·         Sonolência;

·         Ganho de peso;

·         Dor de cabeça;

·         Secura na boca.

Consulte um médico se algum destes sintomas for grave e/ou não desaparecer.

Confira as interações medicamentosas da carbamazepina

O uso de paracetamol pode aumentar o risco de hepatoxicidade e diminuir os efeitos terapêuticos desta droga. Pode diminuir o efeito dos corticosteróides devido ao aumento do metabolismo destes. Se estimulado o metabolismo hepático das xantinas (teofilina, aminofilina), podem diminuir os efeitos dos anticoagulantes derivados da cumarina por indução da atividade enzimática microssômica hepática.

Diminuição das concentrações séricas e redução das vidas médias de eliminação de primidona, ácido valproico, barbitúricos, benzodiazepinas ou anticonvulsivos do grupo succinimida ou hidantoína. Os efeitos depressores sobre o SNC são potencializados com o uso simultâneo de antidepressivos tricíclicos, aloperidol, loxapina, fenotiazinas ou tioxantenos. Os inibidores da anidrase carbônica podem produzir um aumento do risco de osteopenia. A cimetidina pode aumentar a concentração plasmática de carbamazepina.

Majora o metabolismo e, portanto, diminui os efeitos terapêuticos da ciclosporina, anticoncepcionais orais que contenham estrogênios, dacarbazina, glicosídeos digitálicos, estrogênios, levotiroxina, mexiletina e quinidina.

O danazol, diltiazem, eritromicina, dextropropoxifeno ou verapamil podem inibir o metabolismo da carbamazepina. Em pacientes tratados com doses elevadas de mebendazol, foi demonstrado que as concentrações plasmáticas da carbamazepina são diminuídas. O uso de IMAO pode originar crises hiperpiréticas, crises hipertensivas e convulsões graves. 

O contraceptivo hormonal (medicamentos anticoncepcionais) pode tornar-se menos efetivo e você deve considerar o uso de outros métodos contraceptivos (não hormonais).

Contraindicações da carbamazepina

Este medicamento é contraindicado à pacientes que possuem hipersensibilidade(alergia) conhecida à carbamazepina ou a fármacos estruturalmente relacionados (como, antidepressivos tricíclicos) ou a qualquer outro componente da formulação.

Em pacientes com bloqueio átrio-ventricular, histórico de depressão da medula óssea, histórico de porfirias hepáticas o uso da deste medicamento também não é recomendado. Também é contraindicado em pacientes que fazem a associação com inibidores da monoamino-oxidase (IMAO).

Fique atento se houver alguma reação alérgica ou de efeitos colaterais que não desapareçam depois de um ou dois dias!

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