O combate a dengue deve ser sempre lembrado e feito no Brasil devido ao seu grande número de casos e incidência no nosso país, principalmente em algumas regiões que são denominadas como endêmicas.
Neste conteúdo, além de explicar as características da complicação e informações referentes ao seu agente transmissor, você terá acesso às melhores práticas de combate a dengue para se proteger em casa. Então, vamos lá!
O que é a dengue
A dengue é uma doença transmitida por mosquitos (do tipo Aedes aegypti ou do tipo Aedes albopictus), e que geralmente ocorre em áreas tropicais e subtropicais do mundo.
A doença em sua condição mais leve causa febre alta, erupção cutânea e dores nos músculos e articulações do corpo. Já a forma grave desta enfermidade, é denominada como dengue hemorrágica — que é capaz de causar sangramento grave, queda súbita da pressão arterial (choque) e até levar uma pessoa à morte.
Milhões de casos de infecção por essa doença ocorrem em todo o mundo a cada ano. A complicação é mais comum no sudeste da Ásia e nas ilhas do Pacífico ocidental, mas a doença vem aumentando rapidamente com seu número de casos na América Latina e no Caribe.
Atualmente, já existem vacinas contra a doença. No entanto, o melhor método de combate a dengue é reduzindo a chance do desenvolvimento dos habitats dos mosquitos em áreas onde a ocorrência de sua proliferação é comum.
Você sabia? O ano de 2016 foi caracterizado por grandes surtos de dengue em todo o mundo. A Região das Américas registrou mais de 2,38 milhões de casos em 2016, onde o Brasil contribuiu com pouco menos de 1,5 milhão de casos, aproximadamente 3 vezes mais do que em 2014.
Causas
Essa doença é causada por qualquer um dos quatro tipos de vírus disseminados por mosquitos, que crescem dentro e perto de habitações humanas. Quando um mosquito pica uma pessoa infectada com um vírus da dengue, o vírus entra no mosquito. Quando o mosquito infectado pica outra pessoa, o vírus entra na corrente sanguínea dessa pessoa e a contamina.
Depois de se recuperar dessa complicação, você desenvolve imunidade ao tipo de vírus (sorotipo) que o infectou – mas não aos outros três tipos de vírus existentes. O risco de desenvolver a forma grave da doença, na verdade aumenta se você for infectado pela segunda, terceira ou quarta vez, de modo progressivo.
Transmissão da dengue
O mosquito Aedes aegypti é definido como principal vetor da doença, e o vírus é transmitido aos seres humanos através das picadas de mosquitos fêmeas infectados. Após a incubação do vírus por 4 a 10 dias, um mosquito infectado é capaz de transmitir o vírus pelo resto de sua vida.
Os seres humanos sintomáticos ou assintomáticos infectados são os principais portadores e multiplicadores do vírus, servindo como fonte do vírus para os mosquitos não infectados. Pacientes que já estão infectados com o vírus podem transmitir a infecção (por 4 a 5 dias, no máximo 12) através do mosquito Aedes após o aparecimento dos primeiros sintomas.
O mosquito Aedes aegypti vive em habitats urbanos e se reproduz principalmente em recipientes ou ambientes feitos pelo homem. Ao contrário de outros mosquitos o Aedes aegypti é um inseto do dia, e seus períodos de pico de transmissão ocorrem no início da manhã e ao anoitecer. A fêmea Aedes aegypti pica várias pessoas durante cada período de alimentação.
Aedes albopictus
O Aedes albopictus, um vetor secundário de dengue na Ásia, se espalhou para a América do Norte e mais de 25 países da Região Européia, em grande parte devido ao comércio internacional de pneus usados (um habitat de reprodução) e outros bens (por exemplo, bambu da sorte).
Aedes albopictus é altamente adaptável e, portanto, pode sobreviver em regiões temperadas mais frias da Europa. Sua disseminação se deve à sua tolerância a temperaturas abaixo de zero, hibernação e capacidade de se abrigar em microhabitats.
Sintomas da dengue
Muitas pessoas, especialmente crianças e adolescentes, podem não apresentar sinais ou sintomas durante um caso leve. Quando os sintomas ocorrem, eles geralmente começam a aparecer entre 4 e 7 dias depois de você ser picado por um mosquito infectado.
Esta doença causa febre alta (> 38,5°C) e pelo menos mais dois dos seguintes sintomas:
- Dor de cabeça;
- Dor muscular, óssea e articular;
- Náusea;
- Vômito;
- Dor atrás dos olhos;
- Glândulas inchadas;
- Erupção cutânea.
- Dor de cabeça;
- dengue
- Náusea;
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- Dor atrás dos olhos;
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- Erupção cutânea.
Sintomas de dengue hemorrágica
A maioria das pessoas se recupera dentro de uma semana ou mais. Em alguns casos, os sintomas pioram e podem se tornar fatais. Vasos sanguíneos muitas vezes ficam danificados e vazam. E o número de células formadoras de coágulos (plaquetas) na corrente sanguínea cai. Isso pode causar a forma grave de doença se desenvolver, chamada febre hemorrágica da dengue, dengue grave ou síndrome do choque da dengue.
Dentre os sinais e sintomas da forma mais grave e agressiva da doença estão:
- Dor abdominal severa;
- Vômito persistente;
- Sangramento de suas gengivas ou nariz;
- Sangue na urina, fezes ou vômito;
- Sangramento sob a pele, que pode se parecer com hematomas;
- Respiração difícil ou rápida;
- Pele fria ou pegajosa (choque);
- Fadiga;
- Irritabilidade ou inquietação.
Fatores de risco
Fatores que colocam você em maior risco de desenvolver a dengue, tanto em sua forma mais leve quanto a mais grave, incluem:
- Viver ou viajar em áreas tropicais: Estar em áreas tropicais e/ou subtropicais aumenta o risco de exposição ao vírus causador da doença. Áreas especialmente de alto risco são: o sudeste da Ásia, as ilhas do Pacífico ocidental, a América Latina e o Caribe;
- Infecção prévia por um vírus da doença: A infecção anterior pelo vírus da dengue aumenta o risco de sintomas graves se você for infectado novamente.
Complicações
Se for grave, esta doença pode danificar os pulmões, fígado ou coração. A pressão arterial pode cair para níveis perigosos, causando choque e, em alguns casos, levando a pessoa à morte.
Prevenção, controle e combate a dengue
Atualmente, o principal método de combate a dengue ocorre por meio da prevenção da transmissão do vírus, ou seja, combatendo os mosquitos vetores por meio de:
- Impedir que os mosquitos tenham acesso a habitats de postura pela gestão e modificação ambiental;
- Eliminação adequada de resíduos sólidos e remoção de habitats artificiais artificiais;
- Cobrir, esvaziar e limpar semanalmente recipientes de armazenamento da água doméstica;
- Aplicação de inseticidas apropriados para recipientes externos de armazenamento de água;
- Uso de proteção domiciliar pessoal, como telas nas janelas, roupas de mangas compridas, materiais tratados com inseticida, bobinas e vaporizadores;
- Melhora da participação e mobilização da comunidade para o controle sustentado de vetores;
- Aplicação de inseticidas como pulverização espacial durante surtos como uma das medidas emergenciais de controle de vetores;
- Monitoramento ativo e vigilância de vetores devem ser realizados para determinar a eficácia das intervenções de controle.