Quem nunca sofreu de uma diarreia em algum momento da vida? É uma doença bastante comum que pode ocorrer devido a alguma falha alimentar, estresse ou infecção.
Essa doença provoca um aumento no número de evacuações e a perda da consistência das fezes, tornando-as pastosas ou até mesmo aguadas. Além do incômodo que essa doença traz, a desidratação é outro fator que pode complicar a vida do paciente. Crianças, idosos e bebês se desidratam com extrema facilidade – podendo causar boca seca, lábios rachados, confusão mental, urina escassa e amarelada. Muitos não sabem, mas a desidratação, além de diminuir as reservas de água do corpo, reduzem drasticamente os níveis de sódio e potássio.
Geralmente, pode durar algumas horas ou dias, e muitas vezes desaparece sem qualquer tratamento – vale lembrar que a ingestão de líquidos ajuda a diminui o período deste incômodo.
O que é a diarreia?
É uma doença caracterizada pelas fezes aquosas e constantes idas ao banheiro. Afeta qualquer pessoa que esteja suscetível, pois são infecções do intestino provocadas por bactérias, parasitas ou vírus.
Essa doença pode ser dividida em três tipos: aquosa de curta duração, sanguinolenta de curta duração ou persistente. Elas dependem da causa e às vezes do modo como são tratadas. Os sintomas podem variar, desde febre, náusea, cólica, inchaço, desidratação, dores abdominais e grande volume de fezes sangrentas.
Quais as causas da diarreia?
A diarreia pode ser adquirida a partir de alimentos ou água contaminados por material fecal ou contraídas diretamente a partir de outra pessoa infectada. Essa doença pode ser caracterizada como aguda ou crônica. Salmonella ou Escherichia coli são bactérias que causam infecções comuns em adultos, já o rotavirus é uma causa comum da doença em crianças.
A aguda pode ocorrer devido a uma intoxicação alimentar, há até mesmo uma condição conhecida como diarreia do viajante, que acontece quando você tem a doença depois de ser exposto a bactérias ou parasitas durante a passagem em um país em desenvolvimento.
Já a crônica é um pouco mais incômoda de tratar, podendo durar até quatro semanas. Ela é o resultado de uma doença ou um distúrbio intestinal, como a doença celíaca ou a doença de Crohn.
Quais os tipos que existem?
Diarreia Aguda
Esse tipo de diarreia é bastante comum, sendo uma infecção intestinal causada por vírus ou bactérias. O contágio principal é por alimentos ou água contaminados, além de condições de higiene ou saneamento básico em péssimas condições. Idosos, crianças e pessoas com sistema imunológico fragilizado são mais suscetíveis a esse tipo de quadro da doença.
As fezes em grande volume, com consistência pastosa ou aquosa, são os sintomas principais – cólicas, gases, vômito, náusea, desidratação e mal-estar também estão presentes. Elas duram cerca de 2 a 3 dias.
Diarreia Crônica
Essa doença se caracteriza por sua duração, que pode levar mais de 3 semanas para se curar totalmente. Infecções intestinais, insuficiência pancreática, abuso de certos medicamentos e intolerância a certos alimentos podem levar a esse tipo da doença.
Além das fezes em abundância – aquosa ou pastosa –, o aumento de gases, náusea, mal-estar ou dores abdominais ou retais são os sintomas principais deste quadro.
Diarreia Infecciosa
Ela pode surgir de súbito, trazendo consigo apatia, perda de apetite, náusea, vômito, febre e um mal-estar geral. Há um aumento da evacuação, com fezes aquosas. Essa doença pode ser causada por viroses e bactérias, sendo mais comum em crianças.
Intolerância a lactose
Esse é um mal que atinge mais de 70% da população mundial. Se caracteriza quando uma pessoa não consegue digerir o açúcar presente no leite e seus derivados, desencadeando desarranjos estomacais, náusea e, principalmente, as diarreias.
Giardíase
É uma doença infecciosa intestinal, causada por um parasita que pode ser encontrado em locais com más condições de saneamento e água contaminada. É marcada por cólicas abdominais, diarreia aquosa e náuseas. Os sintomas podem aparecer depois de 1 ou 2 semanas.
Amebíase
É causada por um protozoário que entra no sistema gastrintestinal, sendo transportado por água ou comida expostos à contaminação fecal. Ela proporciona grande incômodo na região do estômago, desencadeando fragilidades físicas e fezes aguadas com manchas de sangue. E fique atento! Esse tipo deve ser tratado imediatamente para não gerar agravantes no futuro.
Existe tratamento?
O tratamento da diarreia geralmente requer a reposição de líquidos que foram perdidos, por conta da doença. Prefira beber mais água ou bebidas de reposição eletrolítica, como as bebidas esportivas. Há também a necessidade de uma alimentação mais balanceada. Em casos mais graves, você poderá optar por terapia intravenosa ou buscar um médico para um tratamento adequado.
Se uma infecção bacteriana é a causa da sua diarreia, com a prescrição de um médico, você poderá optar por antibióticos e outros medicamentos – que variam conforme os sintomas, tipos e causas da doença.
Lembre-se de nunca se automedicar sem o acompanhamento médico, pois isso pode causar outras complicações ou desencadear problemas intestinais mais sérios.
Cuidados e dicas
- Beba bastante líquido, água e sucos naturais;
- Evite alimentos muito gordurosos;
- Não consuma alimentos com muito açúcar
- Alimentos constipantes ajudam na cura da doença;
- Prefira alimentos ricos em potássio;
- Evite alimentos com lactose;
- Dê preferência para chás e frutas macias;
- Lave muito bem os alimentos (verduras, frutas, vegetais);
- Evite beber água que não seja potável;
Existem fatores de risco?
Por ser uma doença muito comum, qualquer pessoa, de qualquer idade, pode apresentar diarreia. Não importa o gênero nem a idade.Entretanto, alguns comportamentos de risco podem levar ao surgimento deste tipo de incômodo. Veja:
- Ingerir água e alimentos contaminados com fezes humanas ou animais
- Viajar para países que não tenham bom saneamento de água
- Consumo exacerbado de cafeína
- Consumo exacerbado de álcool
- Tabagismo
E é transmissível?
Pode sim ser transmissível, principalmente em casos de gastroenterites infecciosas causadas por bactérias e vírus invasivos. Para evitar é essencial ter cuidado com a higiene ao início do tratamento.
Atenção especial para crianças com diarreias pelo risco de desidratação grave e fezes com sangue e muco.