Entenda a forma de transmissão da Caxumba

A caxumba é uma doença causada por um vírus – pertencente à família dos Paramyxoviridae – que se aloja, principalmente, na saliva. Os sintomas não aparecem em 20% dos casos, podendo atingir adultos e crianças.

Essa condição pode ser contraída da mesma forma que um resfriado comum – sendo espalhado pelo ar e entrando pelas vias aéreas, por meio de tosses ou espirros. Seu período de incubação pode durar de 15 a 25 dias.

Apesar de poder atingir todas as idades, é muito mais comum a caxumba se apresentar em crianças e adolescentes durante o período escolar. Geralmente, sua evolução é benigna, mas em casos raros pode apresentar complicações – resultando em internações e até mesmo em óbito.

Quais os sintomas?

Os principais sintomas são:

  •         Dor de cabeça;
  •         Febre;
  •         Perda de apetite;
  •         Dor ao mastigar e engolir;
  •         Fadiga e fraqueza;
  •         Inchaço e dor nas glândulas salivares, atingindo um ou ambos os lados.

Um dos sintomas mais comuns e mais gritantes da caxumba é o aumento das glândulas salivares, que vem sempre acompanhado por uma febre alta.

Para os homens, é comum que a infecção promova uma orquite – também chamada de inflamação nos testículos – e a mastite – infecção do tecido mamário – nas mulheres. Em grande parte dos casos, os sintomas não são aparentes, adquirindo uma gravidade maior após a adolescência – sendo a meningite e a epidídimo orquite complicações da doença, mas que não deixam sequelas.

É importante ressaltar que, em mulheres no período de gestação, principalmente no primeiro trimestre, pode ocasionar em aborto espontâneo.

Quando a doença evolui para outras complicações, pode exigir uma assistência médica imediata. Os sintomas e sinais que indicam uma evolução são:

  •         Náuseas;
  •         Vômitos;
  •         Dor de cabeça;
  •         Pancreatite (dor no abdômen superior);
  •         Rigidez na nuca;
  •         Meningite (prostração);
  •         Dor e inchaço nos testículos (orquite) e na região dos ovários (ooforite).

Como é transmitido?

Sendo uma doença pertencente ao gênero Paramyxovirus, a caxumba é causada por um vírus que tem como principal meio de transmissão o ar – adentrando pelas vias aéreas, disseminação de gotículas ou por contato direto com a saliva de pessoas infectadas.

Entretanto, uma infecção por via indireta é menos obstinada, mas pode advir pelo contato com utensílios e objetos contaminados com secreções da boca ou do nariz.

Os sintomas, como falado no início do texto, podem aparecer entre 12 a 25 dias após a contaminação. O paciente que estiver infectado pode passar a doença antes mesmo de apresentar os sinais, dentro de 6 a 7 dias. Além disso, o vírus pode ser encontrado na urina até 14 dias após o estopim da enfermidade.

Apesar de ser uma condição bastante incômoda, uma vez que a pessoa é infectada e curada completamente da caxumba, ela adquire uma imunidade permanente contra o vírus! Além disso, essa proteção também pode ser garantida pela vacinação, um método muito mais eficaz de prevenção.

Tratamento de caxumba

Para termos um tratamento adequado, é necessário se basear nos sintomas clínicos do paciente. Entretanto, por se tratar de uma infecção viral, a doença pode ser tratada naturalmente pelo organismo. A indicação é apenas de medicamentos para dor e temperatura, repouso e observação minuciosa para a possibilidade de surgir complicações.

Sem grandes complicações e com tratamento adequado, ela pode ser curada em até duas semanas!

Geralmente, a recomendação é que se mantenha uma higiene bucal eficiente, e que busque por hidratar-se regularmente e se alimentar de acordo com prescrições médicas, evitando alimentos ácidos – pois estes podem desencadear náuseas, dor e até mesmo vômito.

Quando há casos com meningite, o tratamento se torna sintomático e requer uma atenção a mais. Em encefalites, a orientação é tratar do edema cerebral e manter as funções vitais.

Como ocorre a prevenção?

Somente a vacinação consegue prevenir a caxumba. A vacina é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, sendo recomendada a Tríplice Viral – uma vacina que protege contra o sarampo, rubéola e a caxumba – e a Treta Viral, que soma a proteção contra a catapora. Adultos que não foram infectados pelo vírus da doença no período da infância ou adolescência têm indicações de serem imunizados – com exceção de imunodeprimidos graves e gestantes.

O Ministério da Saúde faz algumas recomendações quanto a vacinação da população:

  •         Adultos entre 30 a 49 anos de idade: apenas 1 dose da vacina tríplice viral (necessário verificar a situação vacinal anterior);
  •         Adultos entre 20 a 29 anos de idade: apenas 2 doses da vacina tríplice viral;
  •         Adolescentes de 10 a 19 anos de idade: apenas 2 doses da vacina tríplice viral (necessário verificar a situação vacinal anterior);
  •         Crianças até 9 anos de idade: apenas 1 dose da vacina tríplice viral aos 12 meses; 1 dose da vacina tetra viral aos 15 meses.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações, podem se vacinar gratuitamente indivíduos de até 29 anos e indivíduos entre 30 e 49 anos. Pessoas com 50 a 59 anos de idade podem se vacinar em clínicas privadas. Em adultos com idade superior a 60 anos, a vacinação é recomendada em situações que a justifiquem, como a presença de comorbidades, risco epidemiológico, doenças crônicas e entre outros.

Recomendações

  •         O paciente deve ficar em repouso até que tenham desaparecido todos os sintomas;
  •         Prefira uma dieta com alimentos líquidos ou pastosos, que são fáceis de engolir;
  •         Evite alimentos e bebidas ácidas;
  •         Mantenha uma higiene bucal;
  •         Em casos de dores ou febre, pode ser recomendado remédios;
  •         Beba muita água;
  •         Vômitos devido à pancreatite podem exigir hidratação intravenosa;
  •         Em caso de orquite, é necessário repouso com suporte de escroto e/ou o uso de compressas de gelo para aliviar a dor;
  •         Pacientes com encefalites devem tratar o edema cerebral e manter uma manutenção das funções vitais;
  •         Mulheres no período de gestação correm o risco de aborto espontâneo caso se infectem com a doença.
  •         Mulheres no período de gestação não devem tomar a vacina.
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