O mosquito da dengue – também conhecido como Aedes aegypt – é o causador de uma das doenças mais conhecidas no Brasil.
A dengue é muito comum durante a época do verão, principalmente por conta das chuvas e do acúmulo de água parada. Por conta do desleixo de muitas pessoas ao deixar vasos, pneus e outros locais propensos para proliferação com água parada, o mosquito da dengue continua sendo um alarde para muitas cidades brasileiras.
O que é o mosquito da dengue?
Segundo pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz, o mosquito da dengue é originário do Egito, na África.
Acredita-se que o mosquito tenha se espalhado para regiões tropicais e subtropicais do planeta desde o século XVI, período lembrado e chamado de “Era dos Descobrimentos”. Neste período, as grandes nações européias buscavam especiarias, riquezas, novas rotas comerciais e terras para colonizar.
O meio de transporte utilizado na época era feito com grandes embarcações. Baseando-se nisso, foi concebida e interpretada a teoria de que vetores da dengue haviam sido introduzidos nas colônias tropicais e subtropicais do mundo, por meio dos navios que traficavam escravos vindos da África.
Fato interessante que podemos destacar no Brasil, é que os primeiros casos relatados da doença foram registrados apenas ao final do século XIX, em Curitiba (PR), e no início do século XX, em Niterói (RJ).
No início do século XX, o mosquito já era um problema, porém, não devido a dengue. Na época, a principal preocupação era a transmissão da febre amarela. No ano de 1955, o Brasil conseguiu erradicar o mosquito Aedes aegypti, por consequência de medidas de controle contra a febre amarela. No entanto, ao final da década de 1960, pela falta de incentivo às medidas adotadas nos anos anteriores fez com que o vetor se reintroduzisse novamente e com mais força no território brasileiro.
Hoje, o mosquito Aedes aegypti é encontrado em todos os estados brasileiros.
A dengue
A dengue é uma doença transmitida por mosquitos (do tipo Aedes aegypti ou do tipo Aedes albopictus), que geralmente ocorre em áreas tropicais e subtropicais do mundo. A doença em sua condição mais leve causa febre alta, erupção cutânea e dores nos músculos e articulações do corpo.
Já a forma grave desta enfermidade, é denominada como dengue hemorrágica. Esta última pode causar sangramento grave, queda súbita da pressão arterial (choque) e até levar uma pessoa à morte.
Milhões de casos de infecção por essa doença ocorrem em todo o mundo a cada ano. Esta complicação é mais comum no sudeste da Ásia e nas ilhas do Pacífico ocidental, mas a doença vem aumentando rapidamente na América Latina e no Caribe.
Pesquisadores estão trabalhando em vacinas contra a doença. No entanto, no momento atual a melhor prevenção é reduzir o habitat dos mosquitos em áreas onde a ocorrência da proliferação dos mosquitos é comum.
Ambientes de proliferação
Devido a seus hábitos diurnos, o mosquito da dengue está bastante adaptado ao ambiente urbano. A alta temperatura e umidade favorecem seu desenvolvimento, portanto, a proliferação do mosquito é grande em nosso país, principalmente no verão, quando as chuvas e as temperaturas aumentam.
A característica mais marcante é a coloração preta com listras e manchas brancas espalhadas pelo corpo do mosquito. Suas asas são translúcidas e o ruído que eles produzem é praticamente inaudível ao ser humano.
O padrão de coloração confere certa camuflagem ao mosquito, que, normalmente, realiza seus voos em locais com pouca luz e perto do solo. Por essa razão, é comum encontrar o A. aegypti em cantos escuros no interior das casas, como sob a cama e embaixo de pias.
Sintomas e fases da dengue
Para compreender mais sobre quais são os sintomas provocados pelo mosquito da dengue, é essencial entender que a doença é caracterizada pela demarcação e (por vezes) evolução de três fases clínicas que são individualmente particulares diferentes entre si.
Fase febril
Ninguém sabe ao certo quais são os sintomas da dengue, porém, o primeiro sintoma destacado da doença é a febre (ocorrendo em média entre dois e sete dias), sendo normalmente alta (39ºC a 40ºC) e de início repentino. O aumento da temperatura corporal é associado à cefaleia, à fraqueza e dores nos músculos, às dores nas articulações e a dor atrás dos olhos.
Outro sintoma presente nesta fase, é dado pelo surgimento de manchas avermelhadas na pele (presente em 50% dos casos). Este sintoma geralmente afeta o rosto e o tronco, além também de outros membros e áreas do corpo. Importante destacar que, este sintoma pode apresentar-se de outras formas, tendo ou não a presença de coceira, a medida que a febre vai desaparecendo.
Quais são os sintomas de dengue que podem atacar o sistema imunológico? Aqui podemos destacar a anorexia, náuseas e vômitos são sinais que também podem estar presentes na fase febril. A diarreia manifesta-se em boa parcela dos casos, tipicamente num volume não tão grande, e de maneira pastosa em relação às fezes. A frequência das diarreias ocorre entre três a quatro evacuações por dia.
Fase crítica
Esta fase pode se desenvolver em alguns pacientes, podendo evoluir para as formas graves da dengue e, devido a isso, medidas específicas de manejo clínico e observação devem ser adotadas imediatamente.
A fase crítica tem início com o desaparecimento do sintoma da febre, geralmente entre o terceiro e o sétimo dia de início da doença, sendo acompanhada do surgimento dos sinais de alarme.
Dengue com sinais de alarme
Os sinais de alarme devem ser rotineiramente pesquisados e verificados, do mesmo modo que os pacientes devem ser orientados a procurar a assistência médica na ocorrência de qualquer um deles.
Confira abaixo alguns sinais alarmantes da dengue, e que são possíveis de você identificar:
· Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua;
· Vômitos recorrentes;
· Acúmulo de líquidos em algumas regiões do corpo (no abdômen ou no pulmão, por exemplo);
· Dificuldade de manter-se em pé e/ou desmaios;
· Sangramento de mucosa (na gengiva, por exemplo);
· Letargia e/ou irritabilidade.
Existe cura?
A dengue é uma infecção que, quando não está em um estado grave, pode ter uma cura espontânea – na maioria dos casos – após 10 dias sob o tratamento adequado.
A principal complicação da doença é quando ocorre um choque hemorrágico, que é quando se perde cerca de 1 litro de sangue, o que faz com que o coração perca sua capacidade de bombear o sangue necessário para todo o corpo – podendo desencadear problemas graves em vários órgãos e colocando a vida da pessoa em risco.
Como toda infecção, pode levar ao desenvolvimento Síndrome de Gulliain-Barre – um distúrbio autoimune que ataca a parte do sistema nervoso –, encefalite e outras complicações neurológicas.