Os cuidados necessários no pós-operatório

O período pós-operatório tem como principal objetivo a observação da recuperação de um paciente que acabou de passar por um procedimento cirúrgico.

Geralmente, ele recebe auxílio de uma equipe de saúde – que lhe ampara em todos os quesitos, desde medicamento, curativos e outras assistências de prevenção. Neste artigo, falamos um pouco do pré-operatório, das cirurgias e, claro, do pós-operatório!

 

O que é?

É comum observamos as duas etapas que o pós-operatório possui – sendo elas o pós-anestésico e o pós-operatório imediato, sendo esse último o período que o paciente está se recuperando de todos os efeitos anestésicos da cirurgia.

Após essas etapas, podemos definir o pós-operatório tardio, que é quando ocorre o processo de cicatrização e a prevenção de possíveis complicações. Esse período pode durar semanas ou meses após o procedimento cirúrgico.

Com os cuidados de uma equipe de saúde e uma recuperação satisfatória durante esse período, cabe aos médicos ditarem a alta do paciente!

 

Por que o pós-operatório é tão essencial?

O paciente fica extremamente vulnerável após uma cirurgia – muitas vezes, o sistema imunológico fica baixo, o que pode acarretar outros problemas. Sendo assim, durante esse período, é preciso ficar alerta para que a recuperação ocorra sem impasses.

É de suma importância que o paciente tenha uma equipe de enfermagem a disposição durante esse período, para evitar infecções e outras complicações – pois é a sua equipe que irá auxiliar com curativos, medicamentos e outros procedimentos necessários.

 

Tipos de cirurgias

Podemos definir os procedimentos cirúrgicos em 3 classes, sendo elas:

Cirurgias de risco baixo – menor que 1%

·         Endoscopias;

·         Cirurgia de catarata;

·         Procedimentos superficiais;

·         Cirurgia de mama;

·         Cirurgia ambulatorial.

Risco intermediário – entre 1 e 5%

·         Aneurisma da aorta abdominal;

·         Cirurgias da cabeça;

·         Correção endovascular;

·         Cirurgias de pescoço;

·         Cirurgias de próstata;

·         Cirurgias intratorácicas;

·         Cirurgias ortopédicas.

Alto risco – índice maior que 5%

·         Cirurgias de emergência;

·         Cirurgias vasculares;

·         Cirurgias de urgência.

 

 

E como funciona o pré-operatório?

Denominamos o pré-operatório como os preparativos que devem ser realizados antes de um procedimento cirúrgico. Muitas vezes, esses preparativos podem incluir o uso de medicações, jejum, tricotomia, preparo intestinal, exames e até mesmo consultas pré-anestésicas.

Além disso, nesse período deve ser avaliado o risco cirúrgico pré-operatório – que é o momento quando ocorrem as avaliações do estado clínico do paciente antes da cirurgia, onde se vê idade, fatores de risco relacionados a doenças crônicas, histórico familiar e outras características que podem influenciar no procedimento cirúrgico.

O período de risco cirúrgico pré-operatório é importante para diminuir as chances de sequelas, complicações e até mesmo o óbito.

 

Quais podem ser os fatores de risco em uma cirurgia?

Os grandes riscos podem estar relacionados a idade do paciente, seu estado de saúde, obesidade, alcoolismo, tabagismo medicamentos e outras condições associadas. Destacamos alguns desses riscos, como:

·         Pacientes com mais de 70 anos devem avaliar se os procedimentos são necessários, pois o risco de complicações é grande;

·         Se a capacidade física estiver comprometida – não tolerar exercícios físicos, sedentarismo – podem aumentar o risco na cirurgia;

·         Obesidade é um grande fator de risco, pois as camadas de gorduras superiores a 3,5 podem implicar em um índice de infecção de mais de 20%;

·         O consumo em excesso de álcool – superior a 60g ao dia – pode oferecer risco para o procedimento, acometendo o sistema imunológico;

·         Tabagismo pode elevar as complicações pulmonares e circulatórias, além de implicar infecções.

Há também as patologias que podem oferecer um grande risco cirúrgico, como:

·         Arritmia cardíaca;

·         Diabetes;

·         Insuficiência renal;

·         Pressão alta;

·         Insuficiência cardíaca;

·         Alterações na coagulação sanguínea;

·         Doença pulmonar obstrutiva crônica.

 

Cuidados para uma melhor recuperação no pós-operatório

Separamos alguns cuidados que devem ser observados com atenção, são eles:

Curativos

Para prevenir infecções e outras condições, caso você tenha que trocar seus próprios curativos, higienize bem as mãos com álcool com volume 70% antes de tocar na incisão – esse simples cuidado pode fazer uma grande diferença na hora de cuidar das condições do pós-operatório.

Além disso, preste atenção a aparência e a evolução da cicatriz – verifique se há sinais de infecção, como vermelhidão, inflamação, dor e inchaço na região. Caso apresente alguma dessas característica, vá imediatamente buscar auxílio médico!

Instruções médicas seguidas à risca!

O índice que pacientes que esquecem ou preferem seguir as próprias recomendações ainda é grande no Brasil – e essas instruções que são ignoradas podem fazer uma diferença bem ruim na hora da recuperação do paciente.

É muito importante que você siga todas as instruções e recomendações médicas – afinal, é ele o profissional que sabe do que se trata a sua condição e como será o melhor método para sua recuperação ser eficaz. Caso tenha dúvidas ou considerações finais, converse com ele e tentem chegar a um consenso.

Repouso

Após um procedimento cirúrgico, é importante que o paciente repouse. Entretanto, repousar é diferente de ficar deitado o dia todo. Geralmente, é recomendado se movimentar um pouco de tempos em tempos. Além de fazer bem para os músculos, isso ajuda a evitar complicações, como a embolia pulmonar, trombose e entre outros.

Controlando a dor

Manter a dor controlada é fundamental após um procedimento cirúrgico. Muitas vezes, os pacientes sentem-se desconfortáveis em administrar medicamentos para dor, apesar de ser fundamental. É importante saber que, caso a dor não passe, se torne mais forte, ou acompanhar de febre acima de 38ºC – com diarreia, falta de ar e mal-estar – é recomendado buscar um médico rapidamente!

Alimentação

Nesse período, é comum que muitos pacientes se sintam nauseados ou com muita dor para prestar atenção na alimentação. Entretanto, é importante consumir alimentos saudáveis e recomendados pelo médico – além de se manter sempre hidratado, pois água é fundamental para uma recuperação rápida e eficaz!

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