Você sabia que a dengue hemorrágica pode ser fatal? Podemos definir a dengue como sendo uma grave doença febril causada por um vírus – mais especificamente um arbovírus.
Esse tipo se caracteriza como sendo transmitido pela picada de insetos, esse em específico o mosquito, o Aedes aegypti.
Há quatro tipos de vírus da dengue – o sorotipo 1, 2, 3 e 4. Uma pessoa pode ter os quatro sorotipos da doença, mas a infecção por um sorotipo gera uma imunidade permanente a ele. O transmissor da dengue, o Aeg. Aegypti, precisa da água parada para conseguir se proliferar. Os períodos chuvosos são os meses em que deve se manter uma atenção dobrada quanto a higiene e as águas paradas – pois os ovos do mosquito podem sobreviver por 12 meses até encontrar as melhores condições para sua desenvoltura.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis, porém as pessoas mais velhas têm maior risco de desenvolver dengue grave e outras complicações que podem levar ao óbito. O risco de gravidade e morte aumenta quando a pessoa tem alguma doença crônica – como diabetes e hipertensão, mesmo tratada adequadamente.
O que é o mosquito Aedes Aegypti?
O mosquito Aedes aegypti é um pernilongo considerado doméstico e de vida urbana, sendo mais comum em áreas com grande concentração populacional.
Ele é menor do que os mosquitos comuns, é preto com listras brancas no tronco, na cabeça e nas pernas. Suas asas são translúcidas e o ruído que produzem é praticamente inaudível ao ser humano.
O macho, como de qualquer espécie, alimenta-se exclusivamente de frutas. Já a fêmea, no entanto, necessita de sangue para o amadurecimento dos ovos que são depositados separadamente nas paredes internas dos objetos, próximos a superfícies de água limpa, local que lhes oferece melhores condições de sobrevivência.
Em média, cada mosquito vive em torno de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos. Se forem postos por uma fêmea contaminada pelo vírus da dengue, ao completarem seu ciclo, transmitirão a doença também.
Dengue hemorrágica
A dengue hemorrágica pode ocorrer quando uma pessoa infectada com o vírus da dengue sofre com alterações na coagulação sanguínea – quando não é tratada corretamente, pode levar ao óbito.
Os sintomas iniciais desse tipo são parecidos com os da dengue clássica, e após o terceiro ou quarto dia surgem hemorragias causadas pelo sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos. Na dengue hemorrágica, ocorre uma queda na pressão arterial, podendo gerar tonturas e quedas da própria altura.
Qualquer um dos quatro sorotipos da dengue pode causar dengue hemorrágica. Dificilmente a dengue hemorrágica acontece quando a pessoa é infectada pela primeira vez, mas as chances aumentam na segunda, terceira ou quarta infecção.
Sintomas
Há uma pequena diferença entre os sintomas da dengue hemorrágica para a dengue clássica. A única mudança é a febre que diminui ou até mesmo cessa após o 3 ou quarto dia da doença e surgem as hemorragias em função do sangramento de pequenos vasos na pele e nos órgãos internos. Os sintomas de alerta são:
- Sangramentos pelo nariz, boca e gengivas;
- Manchas vermelhas na pele;
- Pressão baixa;
- Dores abdominais fortes e contínuas;
- Vômitos;
- Pele pálida, úmida e fria;
- Confusão mental;
- Sede excessiva;
- Boca seca;
- Dificuldade respiratória.
Nesse tipo de dengue, o quadro clínico pode se agravar rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória. A baixa circulação sanguínea pode levar a pessoa a um estado de choque. Embora a maioria dos pacientes com dengue não desenvolva choque, a presença de certos sinais alerta para esse quadro, como:
- Palidez;
- Pulso fraco
- Perda de consciência;
- Mudança de temperatura do corpo;
- Suor excessivo;
- Dor abdominal persistente e muito forte;
- Mudanças de comportamento.
A síndrome de choque da dengue, quando não tratada, pode levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemorrágica morrem.
Sintomas da dengue clássica
É fundamental saber quais os sintomas de dengue e como eles atacam o organismo. Antes de sabermos mais sobre a doença, entenda quais os principais sinais que podem ocorrer, sendo eles:
- Mal-estar;
- Febre alta (maior que 38,5º C);
- Dor nos olhos;
- Dores musculares intensas;
- Dor ao movimentar os olhos;
- Dor de cabeça;
- Falta de apetite;
- Manchas vermelhas no corpo.
Apesar desses principais sintomas, a dengue pode ser assintomática – que não apresenta sintomas – leve ou grave, podendo até mesmo levar a óbito.
De modo geral, os sintomas de dengue mais gritantes é a febre alta, que tem um início súbito e pode durar entre 2 a 7 dias – acompanhando sintomas de dor de cabeça, fraqueza, dor nos olhos, coceira na pele, erupção e dores no corpo e articulações. As manchas vermelhas na pele também pode ser um indício.
Na fase febril inicial da doença, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados!
Transmissão
A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti – que após picar uma pessoa infectada com um dos 4 sorotipos do vírus, a fêmea pode transmitir o vírus para outras pessoas. Há também alguns registros de transmissão por transfusão de sangue. Os sintomas de dengue podem ser observados dias depois.
Não há transmissão da mulher grávida para o feto, mas a infecção por dengue pode levar a mãe a abortar ou ter um parto prematuro, além da gestante estar mais exposta para desenvolver o quadro grave da doença, que pode levar à morte.
Em populações vulneráveis, como crianças e idosos com mais de 65 anos, o vírus da dengue pode interagir com doenças pré-existentes e levar ao quadro grave ou gerar maiores complicações nas condições clínicas de saúde da pessoa.
Sendo assim, é de suma importância combater o mosquito da dengue – fazendo a limpeza adequada e não deixando água parada em vasos de plantas, pneus, garrafas e outros recipientes que possam servir de reprodução do mosquito!
Tipos de dengue
O vírus da dengue é subdividido em 4 tipos de sorotipos, e cada um deles é capaz de manifestar a doença em diferentes graus de gravidade. Quando uma pessoa entra em contato com um desses sorotipos, desenvolve uma imunidade a ele – porém, se contrair a doença novamente por outro sorotipo, ela pode manifestar uma forma mais grave do que a primeira. Além da dengue hemorrágica que foi citada acima, a seguir você irá conhecer um pouco mais desses tipos:
- Inaparente
A infecção inaparente é caracterizada quando a doença praticamente não se manifesta. Muitas vezes os sintomas são confundidos com um simples mal-estar. A pessoa está contaminada, mas não desconfia que possa ser dengue.
- Clássica
Quando a manifestação se torna aparente, com características e sintomas bem marcantes – como a febre alta e súbita de 39º, associada a dores pelo corpo e olhos, manchas avermelhadas na pele, vômitos, diarreia e mal-estar. Não há nenhum risco a vida, mas é recomendado seguir o tratamento pelo médico.
- Síndrome do choque
Também conhecida como febre hemorrágica da dengue, é a manifestação mais grave e rara da dengue hemorrágica. Suas principais características são a palidez, alterações no nível de consciência, taquipneia, palidez, alterações circulatórias, pressão baixa, taquicardia e pulso fraco.
Uma pessoa com febre hemorrágica da dengue pode correr o grande risco de entrar em choque hipovolêmico – quando o coração não consegue bombear sangue suficiente para o corpo devido a sua pouca quantidade no organismo. Essa perda de sangue acontece devido às hemorragias causadas pela dengue hemorrágica, podendo levar à óbito.
Tratamento
Não existe nenhum tratamento específico para a doença. Quando há casos de suspeita, é necessário procurar um profissional da saúde para que ocorra o diagnóstico correto.
Muitas vezes, o tratamento consiste em aliviar os sintomas, e pode variar de acordo com o quadro clínico de cada indivíduo. Podendo ser recomendado a ingestão de bastante água, evitar o uso de medicamentos sem prescrição e o repouso. Também pode ser necessário a hidratação por via intravenosa