Doenças cardiovasculares: saiba quais são e como tratá-las!

As doenças cardiovasculares são, geralmente, muito associadas a complicações do coração e até mesmo associadas a problemas mais graves como infartos.

A palavra ‘cardio’ vem de coração e ‘vasculares’ vem de vasos sanguíneos, significa que são afetam o sistema circulatório, ou seja, o coração e os vasos sanguíneos (artérias, veias e vasos capilares). Estas doenças afetam, geralmente, mais homens do que mulheres, em idades acima dos 50 anos. 

O que são as doenças cardiovasculares?

É um grupo de doenças que afetam o coração e os vasos sanguíneos e incluem:

  • Doença coronariana: doença dos vasos sanguíneos que irrigam o músculo cardíaco;
  • Doença cerebrovascular: doença dos vasos sanguíneos, mas diferentemente da doença coronariana, esta doença afeta os vasos que irrigam o cérebro;
  • Doença arterial periférica: doença dos vasos sanguíneos que irrigam os membros superiores e inferiores;
  • Doença cardíaca-reumática: danos no músculo do coração e válvulas cardíacas devido à febre reumática, causada por bactérias estreptocócicas;
  • Cardiopatia congênita: malformações na estrutura do coração existentes desde o momento do nascimento;
  • Trombose venosa profunda e embolia pulmonar: coágulos sanguíneos nas veias das pernas, que podem se desalojar e se mover para o coração e pulmões.

Quais são os fatores de risco para esse grupo de doenças?

A maioria das vezes essas enfermidades podem ser evitadas. Os mais importantes fatores de risco comportamentais, tanto para doenças cardíacas quanto para AVCs, são dietas inadequadas, sedentarismo, uso de tabaco/cigarro e uso nocivo do álcool. 

Os efeitos dos fatores comportamentais de risco podem se manifestar em indivíduos por meio de pressão arterial elevada, glicemia alta, hiperlipidemia, sobrepeso e obesidade. Esses “fatores de risco intermediários” podem ser mensurados em unidades básicas de saúde e indicam um maior risco de desenvolvimento de ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais, insuficiência cardíaca e outras complicações.

A cessação do tabagismo, redução do sal na dieta, consumo de frutas e vegetais, atividades físicas regulares e evitar o uso nocivo do álcool têm se mostrado eficazes para reduzir o risco de doenças cardiovasculares. Além disso, o tratamento medicamentoso da diabetes, hipertensão e hiperlipidemia pode ser necessário para reduzir os riscos cardiovasculares e prevenir ataques cardíacos e AVCs. Políticas de saúde que criam ambientes propícios para escolhas saudáveis acessíveis são essenciais para motivar as pessoas a adotarem e manterem comportamentos saudáveis.

Há também um número de determinantes subjacentes das doenças cardiovasculares. Elas são um reflexo das principais forças que regem mudanças sociais, econômicas e culturais – globalização, urbanização e envelhecimento da população. Outras determinantes dessas enfermidades incluem pobreza, estresse e fatores hereditários.

Quais são os principais sintomas?

Sintomas de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais

Muitas vezes não há sintomas da doença subjacente dos vasos sanguíneos. Um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral pode ser o primeiro aviso da doença subjacente. Os sintomas do ataque cardíaco incluem:

  • Dor ou desconforto no centro do peito;
  • Dor ou desconforto nos braços, ombro esquerdo, cotovelos, mandíbula ou costas.
  • Dificuldade em respirar ou falta de ar;
  • Sensação de enjoo ou vômito;
  • Sensação de desmaio ou tontura;
  • Suor frio;
  • Palidez. 

ATENÇÃO: Mulheres são mais propensas a apresentar falta de ar, náuseas, vômitos e dores nas costas ou mandíbula.

O sintoma mais comum de um acidente vascular cerebral é uma súbita fraqueza da face e dos membros superiores e inferiores, mais frequentes em um lado do corpo. Entre os sintomas, estão:

  • Dormência na face, braços ou pernas, especialmente em um lado do corpo;
  • Confusão, dificuldade para falar ou para entender;
  • Dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos;
  • Dificuldade para andar, tontura, perda de equilíbrio ou coordenação;
  • Dor de cabeça intensa sem causa aparente;
  • Desmaio ou inconsciência.

Qual a relação entre doenças cardiovasculares e o desenvolvimento em países de baixa e média renda?

Pelo menos três quartos das mortes no mundo por esse tipos de doenças ocorrem em países de baixa e média renda. Diferentemente das pessoas que vivem em países de alta renda, pessoas de países de baixa e média renda muitas vezes não têm o benefício dos programas integrados de atenção primária para a detecção e tratamento precoce dos indivíduos expostos aos fatores de risco.

Pessoas que sofrem com esse tipo de doenças e outras doenças não transmissíveis em países de baixa e média renda têm menos acesso a serviços de saúde eficazes e equitativos que respondam às suas necessidades. Como resultado, muitas pessoas em países de baixa e média renda são diagnosticadas tardiamente e morrem prematuramente em sua idade mais produtiva devido às doenças cardiovasculares e outras doenças não transmissíveis.

As pessoas mais carentes em países de baixa e média renda são as mais afetadas. Em nível familiar, estão emergindo evidências suficientes para provar que as doenças cardiovasculares e outras doenças não transmissíveis contribuem para a pobreza devido às despesas catastróficas com saúde e gastos elevados além do planejado. Em nível macroeconômico, esse grupo de doenças cria uma carga pesada sobre as economias dos países de baixa e média renda.

Como tratar as doenças cardiovasculares?

O tratamento deve ser indicado pelo cardiologista, e tem como objetivo principal prevenir o agravamento do problema. Assim, além de mudanças nos hábitos de vida, para torná-los mais saudáveis, podem ser indicados medicamentos para controlar os sintomas, a pressão arterial, os batimentos cardíacos ou os níveis de açúcar e colesterol no sangue, reduzindo o risco de lesões no organismo.

Alguns exemplos de medicamentos mais utilizados para estes tipos de doenças, incluem:

  • Anti-hipertensivos: Captopril, Enalapril, Losartana, Hidroclorotiazida;
  • Diuréticos: Furosemida, Espironolactona;
  • Agentes beta-bloqueadores: Propranolol, Carvedilol, Metoprolol;
  • Anticoagulantes: Marevan, Coumadin, Rivaroxabana;
  • Estatinas: Sinvastatina, Atorvastatina. 

É parte fundamental do tratamento realizar uma alimentação pobre em gordura e açúcar, consumindo mais legumes, verduras e frutas ao longo do dia, restringindo também os alimentos ricos em carboidratos.

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