A aspirina é um medicamento que pode ser indicado para o alívio sintomático de dores de intensidade leve a moderada – como a dor de cabeça, dor de dente, dor de garganta, dor muscular, dor menstrual, dor nas articulações, dor nas costas e dor da artrite.
Além disso, ele também pode aliviar a dor e febre recorrentes em gripes e resfriados.
O que é?
Aspirina contém a substância ativa ácido acetilsalicílico, que pertence ao grupo de substâncias anti-inflamatórias não-esteroidais (AINEs), dispõe de propriedades anti-inflamatória (atuando na inflamação), analgésica (atuando na dor) e antitérmica (atuando na febre).
O ácido acetilsalicílico inibe a formação de substâncias mensageiras da dor, as prostaglandinas, propiciando alívio da dor.
Cada comprimido do medicamento contém 500mg de ácido acetilsalicílico – com os seguintes excipientes: celulose e amido. Ele pode ser encontrado em cartelas de 4 ou 10 comprimidos e embalagens contendo até 20 comprimidos.
Como utilizar o medicamento?
A posologia apresentada a seguir é apenas um exemplo do que um médico pode receitar para o paciente. Nunca tome medicamentos sem a prescrição de um profissional da área da saúde!
Adultos
Recomenda-se uma dose de 1 a 2 comprimidos. Caso seja necessário, repita a cada 4/8 horas. E lembre-se, não tome mais de 8 comprimidos ao dia.
Crianças a partir dos 12 anos de idade
Recomenda-se uma dose de apenas 1 comprimido. Caso seja necessário, repita a cada 4/8 horas. E lembre-se, não tome mais de 3 comprimidos ao dia.
Esse medicamento não deve ser administrado por mais de 3 a 5 dias sem consultar seu médico ou cirurgião-dentista.
Advertências e precauções
A aspirina deve ser utilizada com cautela nos seguintes casos:
· Hipersensibilidade (alergia) a outros medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios, antirreumáticos e na presença de outras alergias;
· Pacientes que tenham tido úlceras gástricas ou duodenais e histórico de sangramento gastrointestinal;
· Tratamento concomitante com medicamentos anticoagulantes;
· Pacientes com funcionamento prejudicado do fígado ou dos rins, ou circulação prejudicada, como insuficiência grave do coração ou sangramentos maiores;
· Pacientes com asma preexistente, febre do feno, pólipos nasais, doença respiratória crônica ou reações alérgicas a outras substâncias;
· Pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos (inclusive cirurgias de pequeno porte, como extrações dentárias), pois o ácido acetilsalicílico pode levar a um aumento da Tendência a sangramentos durante e após a cirurgia;
· Pacientes com predisposição a gota;
· Pacientes com deficiência de G6PD (glicose-6-fosfato desidrogenase), doença hereditária que afeta as células vermelhas do sangue, podendo induzir a hemólise (destruição das células sanguíneas) ou anemia hemolítica, com risco aumentado nos casos de dose alta, febre ou infecções agudas.
Crianças e adolescentes
A síndrome de Reye (uma doença rara, mas muito séria associada primariamente a danos hepáticos ou neurológicos) foi observada em crianças afetadas por doenças virais e que estejam tomando ácido acetilsalicílico (aspirina).
Fique atento!
Em certas doenças virais, especialmente catapora e gripes, a administração de ácido acetilsalicílico (aspirina) a crianças não deve ser realizada sem a prévia consulta de um médico;
Caso sinais de tontura ou desmaio, comportamento alterado ou vômito ocorram em crianças sob tratamento com ácido acetilsalicílico, notificar imediatamente ao médico.
Gravidez
Durante o primeiro e segundo trimestre de gravidez, o ácido acetilsalicílico (aspirina) não deve ser administrado a menos que o médico informe que seu uso é claramente necessário. Caso o ácido acetilsalicílico seja administrado a uma mulher que esteja tentando engravidar ou que esteja grávida há menos de 6 meses, a dose e a duração do tratamento devem ser as menores possíveis.
O ácido acetilsalicílico é contraindicado no último trimestre de gravidez. Não deve -se tomar este medicamento no terceiro trimestre de gravidez, pois pode causar sérios prejuízos à criança, com risco especial as funções renal e cardiopulmonar, mesmo após a administração de apenas uma dose. Além disso, também pode causar a mãe um prolongamento do trabalho de parto e aumento no tempo de sangramento durante o procedimento.
ATENÇÃO: Caso você esteja administrando este medicamento durante a gravidez, converse com seu médico para que sua condição seja monitorada.
Amamentação
Os salicilatos e seus metabólitos passam para o leite materno. Como precaução, caso esteja amamentando ou planejando amamentar, você deverá consultar um médico antes de usar este medicamento.
Superdose
A toxicidade por salicilatos (doses acima de 100 mg/kg/dia por mais de 2 dias consecutivos podem ser tóxicas) pode resultar de intoxicação crônica, terapeuticamente adquirida e de intoxicação aguda (superdose) com potencial risco de morte, que pode ser causada por ingestão acidental em crianças ou intoxicação acidental.
A intoxicação crônica por salicilatos pode ser insidiosa, ou seja, com sinais e sintomas não específicos. A intoxicação crônica leve por salicilatos, ou salicilismo, normalmente ocorre somente após o uso repetido de altas doses. Os sintomas incluem: tontura, vertigem, zumbidos, surdez, sudorese, náuseas e vômitos, dor de cabeça e confusão, podendo ser controlados pela redução da dose. O zumbido pode ocorrer com concentrações plasmáticas entre 150 e 300 mcg/mL. Reações adversas mais graves ocorrem com concentrações acima de 300 mcg/mL.
A principal manifestação da intoxicação aguda é a alteração grave do equilíbrio ácido-base, o qual pode variar com a idade e gravidade da intoxicação. A apresentação mais comum nas crianças é a acidose metabólica.
A gravidade da intoxicação não pode ser estimada apenas pela concentração plasmática. A absorção do ácido acetilsalicílico pode ser retardada devido à diminuição do esvaziamento gástrico, formação de concreções no estômago, ou como resultado da ingestão de preparações com revestimento entérico.
O tratamento da intoxicação por ácido acetilsalicílico é determinado por sua extensão, estágio e sintomas clínicos e de acordo com as técnicas de tratamento padrão. Dentre as principais medidas deve-se acelerar a excreção do fármaco, bem como restaurar o metabolismo ácido–base e eletrolítico.
Devido aos efeitos complexos no organismo causados pela da intoxicação por salicilatos, sinais e sintomas podem incluir:
Intoxicação leve a moderada
Aceleração do ritmo respiratório (taquipneia), aumento da quantidade de ar nos pulmões (hiperventilação), desequilíbrio ácido-base pelo aumento da quantidade de ar nos pulmões (alcalose respiratória);
Transpiração excessiva (diaforese);
Náusea e vômito
Intoxicação moderada a grave
Desequilíbrio ácido-base pelo aumento da quantidade de ar nos pulmões (alcalose respiratória) com excesso de acidez no sangue (acidose metabólica compensatória);
Febre alta (hiperpirexia);
Manifestações respiratórias: desde aumento da quantidade de ar nos pulmões (hiperventilação), edema pulmonar não cardiogênico até parada respiratória e sufocamento (asfixia);
Manifestações cardiovasculares: desde alteração do ritmo do batimento do coração (arritmias) e queda da pressão sanguínea (hipotensão) até parada cardíaca;
Perda de fluidos e eletrólitos: desidratação, desde diminuição da produção de urina (oligúria) até insuficiência dos rins;
Alteração do metabolismo da glicose, cetose;
Zumbido e surdez;
Manifestações gastrintestinais: sangramento gastrintestinal;
Manifestações no sangue: variando desde inibição da agregação plaquetária até distúrbios da coagulação sanguínea;
Manifestações neurológicas: alteração cerebral (encefalopatia) tóxica e depressão do Sistema Nervoso Central com manifestações variando desde estado mórbido (letargia) e confusão até coma e convulsões.
ATENÇÃO: Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001 (Disk Intoxicação da Anvisa), se você precisar de mais orientações.