Posologia: como os cálculos de medicamentos influenciam na administração

O uso de fármacos, muitas vezes, requer os cálculos de medicamentos para uma administração segura e eficaz. Essa prática tem se tornado cada vez mais comum, já que mais da metade dos pacientes fazem uso de medicamentos prescritos que requerem uma dosagem adequada e um cálculo preciso.

Os cálculos de medicamentos são fundamentais na hora da administração – tanto para pacientes que fazem uso diário, quanto para os profissionais da área da saúde.

 

O que são?

Os cálculos de medicamentos e gotejamento é uma das etapas mais importantes em um tratamento – podendo caracterizar-se pelo procedimento fundamental para a garantia e administração de fármacos e seus volumes, prescritos por um médico.

Esse processo é importante tanto para a recuperação do paciente quanto para a prevenção de outras possíveis condições ao longo de todo o tratamento.

 

Informações importantes para os cálculos de medicamentos

Para fazer os cálculos de medicamentos de maneira precisa, é comum levarmos em consideração o peso do paciente e sua idade. Esse processo deve ser feito para que a dosagem seja eficaz. É comum, pois muitos laboratórios já informar uma dosagem pré-determinada.

Sendo assim, para crianças, sempre se deve verificar o peso adequado e se o medicamento pode ser administração em nível pediátrico. Em idosos, isso pode demandar um pouco mais de cuidado – pela idade avançada, os cálculos de medicamentos devem ser observados por um profissional da saúde, dependendo da condição e do tipo de medicamento.

 

E como funciona o gotejamento?

Nesse procedimento, devemos estabelecer a quantidade de gotas que devem ser infundidas a cada minuto – definindo, assim, sua velocidade de infusão de acordo com o horário determinado. É importante se atentar para as informações sobre as doses e as unidades de medida de cada prescrição, isso faz com que os cálculos de medicamentos tenham menos erros.

Sendo assim, você pode aplicar a famosa Regra de Três, onde é possível identificar um valor desconhecido por meio da comparação proporcional. É com essa regrinha que muitas dosagens são prescritas com eficácia!

Se tratando de gotejamento, tente fazer uso e administração desse tipo apenas com profissionais da saúde – nunca se automedique dessa forma sem acompanhamento.

 

O que são medicamentos?

Para entendermos um pouco mais sobre o que são os medicamentos, primeiro precisamos diferenciá-los dos remédios.

Caracterizamos os remédios como os recursos ou expedientes para a cura, alívio e/ou desconforto. Já os medicamentos são as substâncias que são utilizadas como um remédio – que é produzida nas indústrias farmacêuticas – e que atendem a algumas especificações legais.

Sendo assim, quando preparamos algo de maneira caseira, com plantas e derivados, definimos como um remédio, mas não um medicamento.

 

Quais os tipos de medicamento?

Para compreendermos mais sobre o assunto, precisamos saber quais os tipos e as diferenças entre eles – que são fundamentais na hora de definir um preço. Podemos dividir os medicamentos em três tipos principais: o similar, genérico e o de referência.

Referência

Esse é um medicamento aprovado pelos órgãos federais – com sua segurança, qualidade e eficácia comprovadas devidamente. Entre os medicamentos de referência, podemos encontrar 3 classes, sendo elas:

·         Fitoterápicos: que são obtidos de cascas, folhas, raízes e sementes;

·         Alopáticos: o tipo mais comum de medicamento de referência, onde sua substância química age diretamente sobre os sintomas;

·         Homeopáticos: trata o paciente em pequenas doses que produzem os mesmos sintomas da doença, estimulando o corpo a se recuperar.

Genérico

Podemos dizer que os medicamentos genéricos são uma versão mais barata dos medicamentos de referência – ele é produzido após a expedição da proteção da patente e outros direitos de exclusividade. Não há uma marca em sua embalagem, apenas o princípio ativo

Similar

É igual aos medicamentos de referência em suas características, podendo mudar apenas o seu formato, validade, embalagem, tamanho e entre outros.

 

Como se define o preço de medicamentos?

Os órgãos responsáveis pela regulamentação do preço de medicamentos em nosso país são a ANVISA e o CMED – também conhecido como Câmara de Regulamentação do Mercado de Medicamentos. São eles que fazem as análises e as comparações com o mercado, definindo qual o preço máximo de um novo medicamento.

Podemos destacar as seis categorias nas quais um novo medicamento pode ser classificado – cada uma delas com um critério específico. São elas:

Categoria 1

É nessa categoria que podemos observar as pesquisas que comprovam que uma nova molécula traz resultados ainda melhores que o tratamento já disseminado no mercado. Sendo assim, é feita uma comparação do preço em outros países, e o Brasil tenta ficar com o menor preço.

Categoria 2

O medicamento entra nessa categoria se não for considerado superior ao tratamento que já existe. Sendo assim, o preço pode ultrapassar o do que já está sendo disseminado no Brasil.

Categoria 3

Quando uma indústria lança uma nova apresentação – como uma quantidade diferente de comprimidos – o medicamento se encaixa nessa categoria. Ele é comparado com o produto interior e não pode ter um preço maior.

Categoria 4

A inovação está apenas na apresentação do medicamento. Ele entra nessa categoria caso a empresa não tenha um produto anterior próprio, mas que já exista no mercado. Sendo assim, os órgãos responsáveis devem fazer uma média dos preços existentes.

Categoria 5

Podemos definir essa categoria quando uma empresa faz uma alteração em um produto que já existe – sem uma nova fórmula, mas com uma molécula que já é conhecida. É como, por exemplo, um paciente precisar tomar um medicamento para cólicas e dores de cabeça, e a empresa juntar esses dois remédios em apenas um só. Para esses casos, o preço não deve ser maior do que a soma dos dois medicamentos anteriores.

Categoria 6

Finalmente, chegamos na categoria em que entram os nossos queridos medicamentos genéricos. Segundo os órgãos regulamentares, o seu preço tem que ser, no mínimo, 35% menor que o medicamento de referência!

 

Observações

É importante ressaltar que, quando falamos do menor preço, estamos falando do preço de medicamento sem o imposto. Pois, quando chega no Brasil, os impostos são colocados, o que acaba aumentando em quase 42% o preço do produto. Sendo assim, ele pode ficar ainda mais caro do que no exterior.

Se tratando internacionalmente, o imposto nos medicamentos está entre 4 e 6%. No Brasil, o imposto estadual pode variar entre 20% no Rio de Janeiro, e 18% em São Paulo. Sendo assim, podemos dizer que o brasileiro está pagando mais por conta dos impostos do que pelo preço do medicamento em si – já que os impostos federais podem chegar a ultrapassar os 32%.

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