Os medicamentos psicotrópicos são considerados um grupo de substâncias químicas que atuam no sistema nervoso central – afetando alguns processos mentais e alterando a percepção, emoções e comportamentos que podem ser maléficos.
Alguns psicotrópicos são antidepressivos, analgésicos, anticonvulsivantes ou outros tipos – isso porque todos têm uma coisa em comum: eles agem diretamente no sistema nervoso central, e por isso são considerados esse tipo!
O que são os psicotrópicos?
Os medicamentos psicotrópicos também podem ser chamados de antipsicóticos ou neurolépticos e são muito utilizados para o tratamento de doenças mentais – como o transtorno bipolar, ansiedade, esquizofrenia, mania, depressão e entre outros.
A venda e comercialização dos psicotrópicos é controlada – pois, por lei, eles foram equiparados aos entorpecentes – e quando utilizados de maneira indevida, podem causar dependência.
Esses medicamentos têm uma resposta lenta do que outros medicamentos que agem em diferentes partes do corpo. Seu efeito pode ser observado após 3 a 4 semanas de administração.
Quais os tipos de psicotrópicos?
Os medicamentos psicotrópicos podem ser classificados de acordo com sua ação no paciente. Sendo eles:
Depressoras
Quando se reduz a atividade da mente, aumentando consideravelmente a quantidade de neurotransmissores inibidores ou reduzindo os neurotransmissores estimuladores. Podemos observar essa ação no álcool, ansiolíticos, hipnóticos e entre outros.
Perturbadoras
Esse tipo afeta a atividade do Sistema Nervoso Central – mas sem alterar a sua quantidade. Podemos observar essa ação em êxtase, THC, mescalina e entre outros.
Estimulantes
Elas aumentam a atividade da mente – aumentando a liberação de neurotransmissores estimuladores ou reduzindo a liberação de neurotransmissores inibidores. Podemos observar essa ação em antidepressivos.
Como funciona a prescrição?
Esse tipo de medicamento deve ser prescrito devidamente em uma receita de controle especial – por um profissional qualificado, de acordo com as listas de medicamentos definidas pela ANVISA:
· Receituário de controle especial – cor branca: outras substâncias, incluindo antidepressivos, ansiolíticos, anticonvulsivantes, antipsicóticos e outros;
· Receita A1 e A2 – cor amarela: para entorpecentes;
· B1 e B2 – cor azul: para psicotrópicos, incluindo os anorexígenos.
Essas receitas têm uma validade de no máximo 30 dias, e devem conter medicamentos suficientes para os próximos 2 meses, no máximo. Em toda embalagem de medicamentos psicotrópicos, haverá as tarjas de sinalização, sendo vermelha ou preta, que garante que a comercialização seja feita apenas com prescrição.
As doenças tratadas por psicotrópicos
Separamos algumas condições mentais que podem ser tratadas com medicamentos psicotrópicos. São elas:
Depressão
O desânimo e a tristeza são emoções muito normais no cotidiano do ser humano – quem nunca se sentiu triste em algum momento? Porém, a tristeza desaparece depois de um momento, mas se ela persistir e afetar seu psicológico, podemos dizer que você pode estar tendo um quadro de depressão.
A depressão é uma condição diagnosticável, classificada como um transtorno de humor – com sintomas de baixa autoestima, desânimo, perda de apetite, desinteresse pela vida, tristeza esmagadora e falta de interesse por coisas que costumavam satisfazer.
O que muitos não sabem, é que a depressão pode afetar as pessoas de formas completamente diferentes – e é uma doença que requer atenção, pois muitas vezes seus sintomas podem levar o indivíduo ao suicídio. Relacionamentos, trabalho, escola ou interação social são as principais coisas do cotidiano que podem ser afetadas pela doença.
Condições de saúde também podem desencadear essa doença, ou então piorar sua situação, sendo elas a artrite, asma, câncer, obesidade, diabetes e até doenças cardiovasculares.
É importante perceber que se sentir deprimido e triste às vezes é uma parte normal da vida. Eventos tristes e perturbadores acontecem a todos. Mas, se você está se sentindo miserável ou sem esperança quanto a sua vida, você pode estar lidando com um quadro depressivo.
Ansiedade
Como resposta natural do seu corpo ao estresse, a ansiedade é um sentimento de medo ou apreensão sobre o que está por vir. Se sentir ansioso(a) para o primeiro dia de aula, ir à uma entrevista de emprego ou fazer um discurso é normal e pode fazer com que a maioria das pessoas sinta nervosismo. Mas, se seus sentimentos ansiosos são extremos, duram muito tempo e estão interferindo em sua vida, você pode estar passando por um transtorno.
É completamente normal se sentir ansioso(a) em alguns momentos da vida. É um sentimento comum que vem e vai, mas não interfere em sua rotina e nem em sua vida. No caso de um distúrbio, o sentimento de medo é constante e intenso, e esse tipo de sentimento pode parar você e, se não tratada, o quadro pode piorar.
Esquizofrenia
Definimos a esquizofrenia como um transtorno psiquiátrico – em que ocorre a alteração cerebral, fazendo com que seja difícil julgar corretamente a realidade, produção de pensamentos simbólicos e abstratos e elaboração de respostas emocionais complexas.
Essa condição é denominada crônica complexa, que existe tratamento específico durante toda a vida. Muitas pessoas acham que a esquizofrenia é apenas um distúrbio de personalidade, o que é uma informação muito errada!
As causas dessa condição ainda são desconhecidas, pois há diversos mecanismos cerebrais que acabam promovendo os sintomas relacionados à doença. Hoje, sabemos apenas que se trata de uma doença química decorrente de alterações em vários sistemas neurotransmissores e vias neuronais do nosso cérebro.
Transtorno bipolar
Chamamos de transtorno bipolar a mudança incomum de humor, níveis de atividade, energia e capacidade de realizar tarefas da rotina – que ocorre por conta de transtornos cerebrais.
Existem quatro tipos de transtornos bipolares – sendo que todos eles envolvem a mudança drástica no humor, níveis de atividade e energia. Esses estados de humor podem variar, ocorrendo episódios exaltados e energizados, até os muito tristes e pouco movimentados. Essas mudanças são chamadas de episódios hipomaníacos.
Os pacientes que sofrem com o transtorno bipolar experimentam períodos de intensidade não usuais – como mudanças nos padrões de sono, níveis de atividade e comportamentos incomuns. Esses períodos semelhantes são chamados de “episódios de humor”.