As doenças metabólicas – que também pode ser conhecida como a síndrome metabólica – é caracterizada pela resistência à insulina, o que acaba obrigando o pâncreas a produzir mais desse hormônio.
É importante falar das doenças metabólicas, pois elas têm aumentado gradativamente. Médicos apontam que esse ano, a obesidade será a maior causadora de doenças no mundo.
O que são?
As doenças metabólicas são condições modernas – muitas vezes associadas com a obesidade, por conta da alimentação inadequada que a população anda priorizando, além do sedentarismo.
Podemos definir essas doenças pela sua associação de fatores de disco para algumas doenças cardiovasculares – até mesmo as periféricas – e a diabetes.
Além disso, elas ocorrem quando há uma resistência à ação da insulina, obrigando o pâncreas a produzir em abundância esse hormônio.
Muitas vezes, você pode identificar o desenvolvimento da resistência à insulina. Geralmente, nota-se o crescimento da pele da região do pescoço – o que provoca lesões semelhantes a pequenas verrugas escurecidas.
Além disso, o escurecimento da pele na região das dobras do corpo – como axilas, pescoço, parte interna do cotovelo – pode apresentar um sinal dessa resistência.
O metabolismo
Quando falamos de metabolismo, queremos nos referir as várias reações químicas que existem no nosso organismo – que nos garante as necessidades energéticas e estruturais.
Entretanto, para entendermos mais, o metabolismo e suas reações são classificados em dois processos – anabolismo e catabolismo.
O anabolismo é o conjunto de reações relacionadas a síntese de biomoléculas – utilizadas na produção de novas substâncias necessárias para o organismo, como para seu crescimento e manutenção. Essa reação ocorre quando uma molécula apresenta energia suficiente.
Já o catabolismo são todas as reações químicas que têm por objetivo quebrar ou desdobrar as moléculas. Nesse processo, podemos ter a liberação de energia necessária para a realização dessas atividades.
Sintomas
Muitas vezes, os sintomas das doenças metabólicas são uma consequência de outras condições associadas. Podemos destacar:
· Problemas de colesterol – com risco de derrame e infarto.
· Alterações de glicemia;
· Roncos;
· Tontura;
· Fadiga;
· Diabetes – com o desenvolvimento da doença;
· Alteração menstrual – para mulheres;
· Perda da libido – para homens;
· Ganho de peso;
· Dores articulares;
· Pressão alta;
Causas
Uma das principais causas do aparecimento das doenças metabólicas, é a resistência à insulina – geralmente caracterizado pelo ganho de peso ou por conta da diabetes do tipo 2.
Além disso, o ganho de peso é um grande fator de risco para esse tipo de condição – por conta da alimentação com excessos de carboidratos e gorduras saturadas; e ainda podemos adicionar o sedentarismo a essa lista.
É importante lembrar que a prática do tabagismo pode aumentar o risco de doenças cardíacas e potencializar as consequências das doenças metabólicas. Raramente, definimos condições genéticas como uma das causas.
Quais são as doenças metabólicas?
Separamos algumas condições que podem ser consideradas doenças metabólicas, entre elas destacamos:
Obesidade
Sendo uma doença caracterizada pelo excesso e acúmulo de gordura corporal – normalmente associada a outros problemas de saúde – ela é causada pelas dietas ricas em gordura, falta de exercício físicos, predisposição genética e alterações endócrinas.
Pessoas que sofrem com a obesidade tem uma maior probabilidade de desenvolver outras doenças, como a diabetes, gota, pressão alta, problemas nas articulações, pedra na vesícula, dificuldades respiratórias e até mesmo alguns tipos de câncer.
Diabetes do tipo 2
Diabetes mellitus, comumente conhecida como diabetes, é uma doença metabólica que causa níveis elevados de açúcar no sangue. O hormônio insulina move o açúcar do sangue para as células para ser armazenado ou usado como energia. Com esse distúrbio, seu corpo não produz insulina suficiente ou não pode efetivamente usar a insulina que produz.
O tipo 2 ocorre quando o corpo se torna resistente à insulina e o açúcar se acumula no sangue;
Pressão alta
Pressão alta – ou hipertensão – é uma condição muito comum que força o sangue contra as paredes das artérias o suficiente para causar problemas sérios de saúde e doenças cardíacas.
A pressão arterial é determinada pela quantidade de sangue que o coração bombeia e/ou pela resistência ao fluxo sanguíneo nas artérias, ou seja, quanto mais estreitas forem as artérias, maior será a pressão arterial, independentemente da quantidade do fluxo sanguíneo.
Um fator de risco muito comum, está relacionado ao estilo de vida. Pessoas sedentárias, com sonos irregulares, fumantes e que consomem grandes quantidades de sal e gordura são mais propensas a apresentarem a doença do que aquelas que possuem um estilo de vida mais saudável.
Outro fator para pressão alta é quando ela é um dos sintomas de outras enfermidades, como diabetes, doenças renais e hipertireoidismo.
AVC
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como “Derrame Cerebral”, é uma doença crônica não transmissível e é uma das principais causas de morte, incapacidade adquirida e internações em todo o mundo. Acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea.
O acidente vascular hemorrágico tem como causa, principalmente, a pressão alta descontrolada e a ruptura de um aneurisma. No entanto, também pode ser provocado por outros fatores, como:
· Hemofilia ou outros distúrbios coagulação do sangue.
· Ferimentos na cabeça ou no pescoço.
· Tratamento com radiação para câncer no pescoço ou cérebro.
· Arritmias cardíacas.
· Doenças das válvulas cardíacas.
· Defeitos cardíacos congênitos.
· Vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos), que pode ser provocada por infecções a partir de doenças como sífilis, doença de Lyme, vasculite e tuberculose.
· Insuficiência cardíaca.
· Infarto agudo do miocárdio.
Intolerância a lactose
Geralmente, a intolerância a lactose ocorre quando há a incapacidade total ou parcial do organismo de produzir a lactase – uma enzima que quebra a lactose. Por conta disso, isso se acumula no intestino e é fermentado pelas bactérias que vivem ali, provocando um grande mal-estar.
Essa condição pode surgir de muitas maneiras, mas a forma mais comum ocorre quando há uma redução natural da concentração de lactase – por conta de idade avançada.
Alguns outros fatores de risco podem ser definidos pela diabetes, realização de cirurgia bariátrica, doenças gastrointestinais, predisposição genética, envelhecimento e infecção por rotavírus.